sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Kepler detecta seu primeiro Planeta Extrasolar…




(Engenharia & Astronomia) …mas já sabíamos que ele existia.
Esta detecção é na verdade o resultado de um importante e bem-sucedido teste do Kepler.

O Kepler ainda irá demorar para detectar os primeiros planetas desconhecidos, mas a boa notícia é que sabemos que ele funciona:

O Kepler mediu a luminosidade da estrela HAT-P-7 por dez dias. A existência de um planeta na estrela já é bem conhecida.

O gráfico de cima mostra a luminosidade da estrela enquanto o planeta orbita ela, e a grande afundada no brilho ocorreu quando o planeta passou na frente da estrela, bloqueando parte da luminosidade dela. A profundidade dessa “afundada” nos diz quanta luz da estrela foi bloqueada, e portanto o tamanho do planeta.

Agora, olhando para o gráfico de baixo, note que além da queda na luminosidade da estrela causada pelo planeta passando na frente dela, há uma outra queda na luminosidade. Essa queda é na verdade a luz do planeta que foi bloqueada pela estrela quando este passou atrás dela!

E a última coisa interessante nesse gráfico é que é possível notar que ele vai para cima e para baixo.

Estamos na verdade detectando as fases do planeta enquanto ele orbita a estrela! Quando o planeta se move na frente da estrela, antes da queda no brilho, a luminosidade já começa a cair, que é na verdade o planeta indo para a fase Nova.

Após passar da estrela, o planeta já começa a refletir novamente a luz da estrela para o Kepler, e o gráfico começa a subir novamente.

Isso significa que se, em algum lugar há um planeta do tamanho da Terra, seremos capazes de encontrá-lo!

Infelizmente há uma má notícia.


Sabemos que a Terra demora um ano para completar uma órbita ao redor do Sol, certo? Isso significa que quando notarmos alguma queda no brilho de uma estrela, teremos que esperar até vermos essa queda novamente, e isso ainda não é o suficiente. Como não sabemos o tempo que esses planetas demoram para orbitar suas estrelas, teremos que esperar uma terceira vez e possivelmente mais vezes para confirmar que se trata realmente de um planeta, e não de manchas estelares ou alguma outra coisa completamente diferente.

No caso do planeta HAT-P-7b, ele demora apenas alguns dias para orbitar sua estrela, então resultados assim podem sair rapidamente.

Infelizmente planetas com tal velocidade orbital estão muito próximos de suas estrelas, portanto não podem abrigar vida. Planetas do tamanho da Terra podem demorar anos para orbitar sua estrela.

No momento somos o único planeta capaz de abrigar vida que conhecemos, mas imaginem que em apenas dois ou mais anos poderemos nos encontrar no meio de um vasto grupo de mundos habitáveis, cada um esperando para ser descoberto.

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