segunda-feira, 5 de julho de 2010

A busca astronômica por novos mundos

(Nizomar Gonçalves - O Povo) Por definição chamamos de planeta qualquer objeto que orbite uma estrela e que não tem e nunca teve reações nucleares. Existe uma delimitação mais formal: corpos celestes cuja massa é superior a 75 massas do planeta Júpiter são estrelas, objetos celestes com massas entre 13 e 75 massas de Júpiter são denominados estrelas anãs marrons e corpos com massas inferiores a 13 massas de Júpiter são planetas.

Temos a experiência de conhecer vários planetas em nosso Sistema Solar, porém, até hoje não se encontrou vida em nenhum deles. Parece que estamos sozinhos no imenso Sistema Solar. Consideremos o tamanho do Universo. É gigantesco. Na nossa galáxia – a Via Láctea – existem cerca de 200 bilhões de estrelas semelhantes ao nosso Sol. No Universo existe uma quantidade muito grande de galáxias, cada uma com seus bilhões de estrelas. Podemos nos perguntar: se o Sol possui oito planetas (Plutão foi rebaixado a planeta anão) orbitando ao seu redor, será que as outras estrelas existentes no Universo não possuem planetas também? Quantos planetas devem existir ao todo?

Surgem muitas perguntas. Hoje temos respostas para algumas. Sabemos que existem outros planetas orbitando estrelas no imenso espaço sideral. Como estes planetas não estão no Sistema Solar, chamamo-los de Planetas Extrassolares ou Exoplanetas. Observar planetas extrassolares não é fácil porque a distância que nos separa deles é muito grande. Como os planetas não possuem luz própria, a única maneira de encontrá-los é através de observações indiretas: apontamos um telescópio (não muito pequeno!) para uma estrela e se tivermos sorte conseguimos ver um eclipse daquela estrela. Quem provoca eclipse é um planeta – está descoberto um exoplaneta.

Outra forma é observar variações periódicas na posição de uma estrela. Essa perturbação pode ser provocada pela presença de um planeta orbitando a estrela. São meses de cálculos e observações até podermos concluir que se trata realmente de um planeta.

O Brasil também participa da busca por planetas extrassolares. O satélite Corot (COnvecção, ROtação e Trânsitos planetários) lançado em 27 de dezembro de 2006 é uma colaboração entre França – Áustria – Alemanha – Espanha - Brasil e está equipado com um telescópio de 27 centímetros.

Até maio de 2010, segundo o Observatório Astronômico de Lisboa, haviam sido descobertos 454 planetas extrassolares. Este número vem crescendo rapidamente a cada ano. Somente neste ano, já foram descobertos 40 planetas extrassolares. Isto é quase metade do que se descobriu em 2009.

Outra pergunta nos perturba: se existem tantos planetas no Universo, existe vida em algum deles? Muitos cientistas, além de acreditar na existência de vida espalhada por outros locais do Universo, tentam de alguma forma comunicar-se com estas formas de vida enviando, por exemplo, sinais de comunicação, sondas espaciais contendo artefatos, diagramas e localização do planeta Terra. Recentemente, o físico britânico Stephen Hawking declarou que “é perfeitamente racional acreditar que pode existir vida fora da Terra, mas adverte que os alienígenas podem simplesmente roubar os recursos do planeta e irem embora”. Hawking citou como exemplo a chegada de Cristóvão Colombo às Américas – o final não foi feliz para os nativos.

Enfim, as pesquisas continuam. Estamos corretos ou não na busca de companheiros no Universo? Seria correto avaliar o caráter de outras formas de vida de acordo com o da espécie humana? Para quem deseja filosofar um pouco mais, recomendo um livro (ou o filme) do Carl Sagan chamado Contato.

Um comentário:

  1. Olá meu nome é Pedro Felipe trabalho pra Frog, pela Duetto. Gostaria de entrar em contato com o responsável pelo blog. Meu email é pedro.felipe@agenciafrog.com.br

    Abraços!

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