Atualmente, esses tipos de astros são detectados principalmente por métodos indiretos
(R7) A descoberta de exoplanetas é difícil por três motivos, explica o astrônomo Ronaldo Mourão. Primeiro porque a diferença entre o brilho da luz gerada pela estrela e o da luz refletida pelos planetas é tão grande que, dependendo do comprimento de onda, pode chegar a valores de bilhões de vezes.
Segundo porque o ângulo entre eles é muito pequeno, da ordem de alguns décimos de um arco de segundo, o que é parecido com ver uma bola de pingue-pongue a uma distância de 5 km.
Em terceiro, a enorme diferença entre a massa de um planeta em relação à da estrela, que torna a detecção muito difícil.
Métodos de detecção
Existem quatro métodos capazes de permitir a detecção de planetas extrassolares: 1) a direta, que fornece a imagem do planeta; 2) a astrométrica, que mede a variação periódica da posição da estrela produzida pela massa do planeta que orbita em sua volta; 3) a espectroscópica, obtida pelo desvio da velocidade estelar causada pela presença dos planetas; e a 4) fotométrica, pela variação da curva de luminosidade estelar causada por eclipses e fenômenos relacionados, como o trânsito de um planeta na frente de uma estrela.
O método mais usado ao longo século 20 foi o astrométrico, conta Mourão. Graças a avanços na tecnologia de observação astronômica, "todos esses métodos evoluíram em sensibilidade e precisão, principalmente por causa do uso de sensores sensíveis ao infravermelho, que permitiram a identificação de corpos com temperatura muito baixa, como nuvens protoplanetárias ou discos protoplanetários ao redor de estrelas próximas".
As futuras missões espaciais da Nasa (agência espacial americana) Space Interferometry, Terrestrial Pathfinder e Darwin planejam detectar exoplanetas de um modo mais direto.
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