(Astronomia On Line - Portugal) O mundo extraterrestre de Gliese 581g tem recebido ultimamente muita atenção devido à possibilidade de ser um mundo habitável, mas o caso do seu vizinho mais próximo ser outro um bom candidato a habitabilidade está também a crescer.
Novas investigações sugerem que Gliese 581d, outro planeta descoberto em torno da estrela Gliese 581, pode muito bem situar-se dentro da "zona habitável" da estrela - a distância perfeita para permitir a existência de água no estado líquido. A descoberta segue de perto um estudo similar, publicado este ano, que alcançou a mesma conclusão provisória.
"O facto dos dois modelos descobrirem condições para a água líquida existir, sugere fortemente que seja possível," afirma o autor principal do novo estudo, Philip von Paris do Instituto de Investigação Planetária do Centro Aeroespacial da Alemanha em Berlim. "Não parece impossível a hipótese de habitabilidade."
Gliese 581 é uma anã vermelha localizada a 20 anos-luz da Terra, um "saltinho" no esquema cósmico das coisas. Os astrónomos detectaram seis planetas em órbita da estrela.
Gliese 581g tem cerca de 3 vezes a massa da Terra e é provavelmente um mundo rochoso. Também está situado mesmo no meio da zona habitável, o que o torna num dos candidatos principais para conter água líquida e vida como a conhecemos - caso o planeta exista.
Mas alguns cientistas questionam a análise usada para descobrir o planeta, e dizem que não conseguem confirmar Gliese 581g em estudos posteriores. Os descobridores do planeta, no entanto, batem o pé no que toca ao seu achado.
Os dois planetas que rodeiam ambos os lados de Gliese 581g raspam os limites da zona habitável e por isso inspiraram interesse e intriga desde a sua descoberta em 2007. O vizinho interior de Gliese 581g, 581c, foi já um bom candidato para a água líquida, mas os estudos mostraram que um efeito de estufa provavelmente torna o planeta demasiado quente.
Gliese 581d, por outro lado, orbita para lá de 581g, longe o suficiente para que os investigadores pensassem logo que era demasiado frio para suster vida. Mas de acordo com o novo estudo, um forte efeito de estufa pode aquecer 581d substancialmente, talvez o suficiente para suportar água líquida.
Gliese 581d tem provavelmente sete, oito vezes a massa da Terra, e os astrónomos suspeitam que é rochoso tal como o nosso planeta. A gravidade deste exoplaneta é provavelmente forte o suficiente para conter uma atmosfera, embora os investigadores tenham ainda que confirmar e caracterizá-la.
Von Paris e a sua equipa modelaram as condições superficiais que podem resultar em 581d a partir de diferentes tipos de atmosfera, usando o nosso Sistema Solar como guia. Eles assumiram, por exemplo, uma atmosfera composta por vapor de água, dióxido de carbono e nitrogénio - elementos encontrados na atmosfera de planetas rochosos com a Terra, Marte e Vénus.
A equipa de pesquisa correu simulações em concentrações diferentes de dióxido de carbono, imitando os níveis descobertos no nosso Sistema Solar. Várias simulações assumiram diferentes quantidades de CO2 presentes cá na Terra, na Terra primordial e em Marte e Vénus actualmente.
O modelo da equipa também fez variar a pressão atmosférica, de baixa para alta.
No fim, os investigadores descobriram que alguns destes cenários atmosféricos resultaram em temperaturas superficiais médias de 0 graus Celsius - o que significa que Gliese 581d pode albergar água líquida.
Uma atmosfera com pressão média ou alta e com 95% de CO2 seria suficiente, descobriram. Tal como uma alta pressão com apenas 5% de CO2.
"É muito excitante descobrir que, mesmo com uma atmosfera com 5% de dióxido de carbono, obtivemos condições habitáveis num caso," afirma von Paris.
Outro estudo atmosférico publicado no início deste ano também sugeria um forte efeito de estufa - e com grandes quantidades de CO2 - o que tornaria Gliese 581d quente o suficiente para albergar água líquida. Outras equipas científicas chegaram a conclusões similares nos últimos anos.
Tais trabalhos, embora intrigantes, permanecem provisórios e especulativos. Von Paris e a sua equipa seguiram o nosso próprio Sistema Solar, mas o seu modelo tem por base palpites.
"O problema, claro, é que não se sabe nada acerca da atmosfera," realça Von Paris.
Os astrónomos nem sabem com certeza se Gliese 581d é um planeta rochoso como a Terra, Marte ou Vénus. Pensam que sim, com base no seu tamanho, mas são necessários mais estudos para o confirmar.
Embora von Paris seja o primeiro a mencionar estes limites e desconhecidos, está excitado acerca da possibilidade de 581d poder suportar água líquida - especialmente dado que o Universo é tão vasto e a procura por planetas extrasolares está ainda na sua infância. Os astrónomos já descobriram mais de 500 exoplanetas, o primeiro descoberto há menos de 20 anos, em 1992.
"Gliese 581 é uma vizinha nossa e está entre as 100 estrelas mais próximas," acrescenta von Paris. "Do meu ponto de vista, isto implica que tais planetas possam ser razoavelmente comuns."
Novas investigações sugerem que Gliese 581d, outro planeta descoberto em torno da estrela Gliese 581, pode muito bem situar-se dentro da "zona habitável" da estrela - a distância perfeita para permitir a existência de água no estado líquido. A descoberta segue de perto um estudo similar, publicado este ano, que alcançou a mesma conclusão provisória.
"O facto dos dois modelos descobrirem condições para a água líquida existir, sugere fortemente que seja possível," afirma o autor principal do novo estudo, Philip von Paris do Instituto de Investigação Planetária do Centro Aeroespacial da Alemanha em Berlim. "Não parece impossível a hipótese de habitabilidade."
Gliese 581 é uma anã vermelha localizada a 20 anos-luz da Terra, um "saltinho" no esquema cósmico das coisas. Os astrónomos detectaram seis planetas em órbita da estrela.
Gliese 581g tem cerca de 3 vezes a massa da Terra e é provavelmente um mundo rochoso. Também está situado mesmo no meio da zona habitável, o que o torna num dos candidatos principais para conter água líquida e vida como a conhecemos - caso o planeta exista.
Mas alguns cientistas questionam a análise usada para descobrir o planeta, e dizem que não conseguem confirmar Gliese 581g em estudos posteriores. Os descobridores do planeta, no entanto, batem o pé no que toca ao seu achado.
Os dois planetas que rodeiam ambos os lados de Gliese 581g raspam os limites da zona habitável e por isso inspiraram interesse e intriga desde a sua descoberta em 2007. O vizinho interior de Gliese 581g, 581c, foi já um bom candidato para a água líquida, mas os estudos mostraram que um efeito de estufa provavelmente torna o planeta demasiado quente.
Gliese 581d, por outro lado, orbita para lá de 581g, longe o suficiente para que os investigadores pensassem logo que era demasiado frio para suster vida. Mas de acordo com o novo estudo, um forte efeito de estufa pode aquecer 581d substancialmente, talvez o suficiente para suportar água líquida.
Gliese 581d tem provavelmente sete, oito vezes a massa da Terra, e os astrónomos suspeitam que é rochoso tal como o nosso planeta. A gravidade deste exoplaneta é provavelmente forte o suficiente para conter uma atmosfera, embora os investigadores tenham ainda que confirmar e caracterizá-la.
Von Paris e a sua equipa modelaram as condições superficiais que podem resultar em 581d a partir de diferentes tipos de atmosfera, usando o nosso Sistema Solar como guia. Eles assumiram, por exemplo, uma atmosfera composta por vapor de água, dióxido de carbono e nitrogénio - elementos encontrados na atmosfera de planetas rochosos com a Terra, Marte e Vénus.
A equipa de pesquisa correu simulações em concentrações diferentes de dióxido de carbono, imitando os níveis descobertos no nosso Sistema Solar. Várias simulações assumiram diferentes quantidades de CO2 presentes cá na Terra, na Terra primordial e em Marte e Vénus actualmente.
O modelo da equipa também fez variar a pressão atmosférica, de baixa para alta.
No fim, os investigadores descobriram que alguns destes cenários atmosféricos resultaram em temperaturas superficiais médias de 0 graus Celsius - o que significa que Gliese 581d pode albergar água líquida.
Uma atmosfera com pressão média ou alta e com 95% de CO2 seria suficiente, descobriram. Tal como uma alta pressão com apenas 5% de CO2.
"É muito excitante descobrir que, mesmo com uma atmosfera com 5% de dióxido de carbono, obtivemos condições habitáveis num caso," afirma von Paris.
Outro estudo atmosférico publicado no início deste ano também sugeria um forte efeito de estufa - e com grandes quantidades de CO2 - o que tornaria Gliese 581d quente o suficiente para albergar água líquida. Outras equipas científicas chegaram a conclusões similares nos últimos anos.
Tais trabalhos, embora intrigantes, permanecem provisórios e especulativos. Von Paris e a sua equipa seguiram o nosso próprio Sistema Solar, mas o seu modelo tem por base palpites.
"O problema, claro, é que não se sabe nada acerca da atmosfera," realça Von Paris.
Os astrónomos nem sabem com certeza se Gliese 581d é um planeta rochoso como a Terra, Marte ou Vénus. Pensam que sim, com base no seu tamanho, mas são necessários mais estudos para o confirmar.
Embora von Paris seja o primeiro a mencionar estes limites e desconhecidos, está excitado acerca da possibilidade de 581d poder suportar água líquida - especialmente dado que o Universo é tão vasto e a procura por planetas extrasolares está ainda na sua infância. Os astrónomos já descobriram mais de 500 exoplanetas, o primeiro descoberto há menos de 20 anos, em 1992.
"Gliese 581 é uma vizinha nossa e está entre as 100 estrelas mais próximas," acrescenta von Paris. "Do meu ponto de vista, isto implica que tais planetas possam ser razoavelmente comuns."
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