quarta-feira, 15 de maio de 2013

Planeta de Einstein é encontrado a 2 mil anos-luz da Terra

Método baseado na teoria especial da relatividade de Einstein auxiliou cientistas na descoberta de um exoplaneta. Kepler 76-b tem diâmetro 25% maior que Júpiter



(Exame) Publicada há mais de um século, a teoria especial da relatividade de Albert Einstein foi a responsável pela descoberta de um novo planeta nesta semana. Batizado informalmente de Planeta de Einstein, o Kepler 76-b está fora do nosso sistema solar, a cerca de 2 mil anos-luz da Terra, na constelação Cisne.

Kepler 76-b tem diâmetro 25% maior e pesa até duas vezes mais que Júpiter. Sua descoberta foi realizada por astrônomos e físicos da Universidade de Harvard (Estados Unidos) e da Universidade de Tel Aviv (Israel) que, pela primeira vez, empregaram a teoria do cientista alemão para descobrir novos corpos celestes.

De acordo com a equipe, o método no qual a teoria foi aplicada tem como objetivo investigar três pequenos efeitos que acontecem simultaneamente. O primeiro deles é o que faz com que a estrela brilhe e escureça enquanto um planeta se movimenta na sua órbita.

O segundo diz respeito às ondas de gravidade geradas pelo planeta em movimento e que altera a estrela em um formato similar ao de uma bola de futebol americano. Esta distorção aumenta sua área visível e faz com que pareça ainda mais brilhante. O terceiro é o reflexo da luz emitida pela estrela no próprio planeta.

Segundo a Universidade de Tel Aviv, por serem sutis, as variações causadas por cada um destes três efeitos foram detectadas por missões espaciais. O satélite Kepler, da NASA, e a agência espacial europeia coletaram dados de mais de 100 mil estrelas até que o Planeta de Einstein fosse finalmente encontrado.

A descoberta mostrou a efetividade do método baseado na teoria de Einstein e parece ter surpreendido os cientistas envolvidos. “Buscamos por estes efeitos ao longo de dois anos e finalmente encontramos um planeta!”, comemorou o professor israelense Tsevi Mazeh. O objetivo daqui pra frente, explicou a equipe, é aproveitar os dados providos pelas missões para encontrar outros exoplanetas.
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